Larva em giz
A larva em giz é uma doença causada por um fungo chamado Ascosphaera apis, que
coloniza o intestino das larvas. É uma doença que afeta a criação de abelhas
logo após opercular e uma vez que compete por comida com a larva, mata a larva
de fome e, finalmente morre e fica mumificada.
O fungo é transmitido por esporos que são transportados de uma colmeia para
outra e até criados por abelhas adultas ou por maneio errado. Os esporos, além
de residirem na criação, também podemos encontrar nas reservas de mel e pólen
ou em qualquer outro espaço da colmeia. Consequentemente, evitar este acúmulo
de esporos e impedir a sua passagem para outras colmeias será um meio de
combate da larva em giz.
Vale a pena notar que os esporos do fungo têm uma enorme capacidade de resistir
à passagem do tempo e as circunstâncias adversas, de modo que pode permanecer
latente até mesmo décadas, esperando para ser ingerido pelas larvas e agir sobre a criação no momento preciso.
A acumulação pode aumentar com o tempo, de modo que, à medida que os quadros
vão ficando velhos, a probabilidade de eles transportarem esporos é maior.
COMO IDENTIFICAR
Se visualizar uma colmeia infetada as células abrigam as larvas mumificadas
como flocos de neve (esbranquiçadas). As múmias também costumam aparecer no
chão da régua de voo:
Múmia branca: aos 10 dias, ainda não tem esporos de
reprodução.
Múmia negra: aos 20 dias, já tem esporos de reprodução.
No caça pólen também pode ver perfeitamente se a colônia está infetada ou não, é
uma das melhores ferramentas para o diagnóstico de larva em giz, aparecem as
larvas em giz no caça pólen no local onde caí o pólen. Se isso acontecer deve
parar imediatamente a colheita de pólen nessa colmeia e tomar as medidas de
prevenção adequadas.
É preciso mais do que a presença do fungo na criação para que a doença se
manifeste, há uma série de circunstâncias que conhecemos como causas que são
necessárias para que o fungo se desenvolva.
O arrefecimento da criação, é o fator que mais contribui para a causa. Uma longa
exposição a baixas temperaturas não é necessária para desencadear a doença,
pode correr quando há um abaixamento da temperatura nas larvas com 48h. Ou
então quando fazemos transumância cedo e temperatura no novo local ainda é
muito baixa, o que vai provocar o arrefecimento de alguma criação.
Quando ainda há pouca abelha ama para cobrir a criação toda e de repente há uma
queda da temperatura, aqui também vai haver um arrefecimento de alguma criação.
Também pode acontecer com uma enxameação cedo e aqui também há uma parte da
criação que as abelhas que ficaram na colmeia não chegam para uma boa
climatização das larvas todas.
Alimentação desequilibrada, causada por uma entrada de pólen
insuficiente ou pelo uso de caça pólen em excesso.
Alimentação estimulante em demasia, faz com que a postura
seja superior á capacidade das abelhas climatizarem adequadamente a criação
toda, ou então quando para reforçarmos uma colmeia colocamos um quadro com
criação de outra colmeia e a colmeia receptora não tem abelhas em quantidade
suficiente para climatizar em boas condições o quadro que acabamos de colocar.
Umidade em excesso e pouca ventilação, a umidade em excesso tem sido tradicionalmente considerado como um fator que causa o aparecimento da larva em giz, um estudo da Universidade de Córdoba concluiu que a umidade não é só por ela responsável. Mas de toda a maneira a umidade em excesso deve ser evitada pois uma vez a criação infetada ajuda na proliferação do número de esporos.
Umidade em excesso e pouca ventilação, a umidade em excesso tem sido tradicionalmente considerado como um fator que causa o aparecimento da larva em giz, um estudo da Universidade de Córdoba concluiu que a umidade não é só por ela responsável. Mas de toda a maneira a umidade em excesso deve ser evitada pois uma vez a criação infetada ajuda na proliferação do número de esporos.
PREVENÇÃO
A larva em giz pode ser controlada e prevenida com medidas de maneio
relativamente simples, tentando reduzir a incidência de possíveis causas da sua
disseminação.
O maneio adequado é o fator mais importante da prevenção, não devemos abrir as
colmeias em dias frios. Tentar manter as colmeias com população adequada á
criação e evitar a colocação de um quadro com criação de outras colmeias em
colmeias que não sejam capaz de climatizar adequadamente o quadro que lhe vamos
colocar.
Substituição anual de 2 quadros de cera é uma prática
fundamental, geralmente é recomendado substituir 2 quadros por ano e assim
temos sempre na colmeia cera com menos de 5 anos. A melhor indicação que temos
para saber se cera está em condições é pela cor negra da mesma, embora não seja
o único indicador, o quadro pesar muito e não ter reservas, ter muito pólen com
bolor nos favos, são sinais de que esses quadros devem ser substituídos.
Devemos também alimentar de forma adequada e quando necessário,
e se a comida for pouca transumar a nova florada que faça com que haja entrada
abundante de comida natural aumentando desta maneira também o comportamento higiênico da colônia.
Mas não se esqueça que a larva em giz está intimamente
relacionado o fator genético e logo ao comportamento higiênico que acaba
facilitando o aparecimento desse fungo. Portanto uma estimulação bem gerida
atempadamente faz com que se possa substituir a rainha ainda cedo e eliminar os
genes com comportamento que não nos interessam. Ou, como dissemos antes, será
uma medida preventiva para melhorar a saúde da colônia e evitar o
desenvolvimento do fungo da larva em giz.
Finalmente, como já mencionamos, evitaremos a troca de material entre colmeias
saudáveis e doentes. E obviamente não use mel, pólen ou quadros de colmeias
infetadas para colocar noutras colmeias saudáveis.
SOLUÇÕES
Nenhum tratamento eliminará esta doença na colmeia. Antibióticos, além de serem ineficazes, são contraindicados devido ao risco de geração de resíduos proibidos nos produtos da colmeia.
Nenhum tratamento eliminará esta doença na colmeia. Antibióticos, além de serem ineficazes, são contraindicados devido ao risco de geração de resíduos proibidos nos produtos da colmeia.
O comportamento higiênico das nossas abelhas será um dos nossos maiores aliados
para combater esta doença. Com a aplicação de xarope ou um alimento sólido podemos
reforçar e ao mesmo tempo ajudar a ativar o instinto de limpeza e fazer a
colônia expelir as múmias e dessa maneira reduzir o risco de contágio, mas
esses resultados seriam momentâneos. Porque quando as condições voltarem a ser
favoráveis a doença volta a manifestar-se, pois subsiste o defeito do
comportamento higiênico das abelhas que permitiam seu surgimento.
Aqui está a importância de ter uma boa seleção genética das
rainhas e a sua substituição deve ser o mais rapidamente possível, pois é uma
das medidas recomendadas para evitar o aparecimento da doença.
Os quadros com criação das colmeias infetadas devem ser eliminados (derreter os
quadros, enterrá-los, queimá-los) nunca devem ser usados noutras colmeias para
serem limpos, pois contêm um elevado número de esporos. Também é conveniente
limpar, passar pela chama de maçarico e desinfetar os estrados das colmeias
afetadas antes de voltar a utilizar, não esquecer que, cada vez que visitamos
uma colmeia doente, também precisamos desinfetar as ferramentas e os equipamentos
que usamos.
Ter em conta:
Procure bons apiários para hibernar.
Selecione rainhas resistentes a esta e outras doenças.
Mantenha o material em boas condições de limpeza.
Troca de cera.
Ter as colmeias bem alimentadas.
Mantenha as colmeias adequadamente ventiladas.
A doença retrocede quando as condições climatéricas melhoram, mas não significa que desapareceu
Mantenha as colmeias adequadamente ventiladas.
A doença retrocede quando as condições climatéricas melhoram, mas não significa que desapareceu
Fontes: Estudo realizado pelo departamento de zoologia da Universidade de Córdoba
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